A microbiota intestinal é uma comunidade complexa e dinâmica de diferentes microrganismos que, em relação simbiótica, contribui para manter a saúde intestinal e global, participa da homeostase metabólica e protege nosso sistema imune contra infecções.
Dieta e estilo de vida são os principais influenciadores na composição da microbiota intestinal, com impacto direto em termos de riqueza e diversidade de espécies, enriquecimento ou inibição de grupos bacterianos e integridade de barreira intestinal.
Ao pesquisar estilo de vida e microbiota, estudos experimentais e humanos apontam o consumo crônico de álcool associado a alterações não desejáveis em comunidades microbianas e supercrescimento bacteriano no intestino delgado (SIBO).
Dentre os principais desequilíbrios microbianos do consumo de álcool, destaca-se a redução do filo Firmicutes – em especial bactérias produtoras de butirato – e gênero Lactobacillus, com aumento dos gêneros Enterococcus e Corynebacterium. Além de mudanças quantitativas na microbiota, o consumo de álcool também impacta a saúde intestinal ao reduzir acentuadamente o metabolismo de aminoácidos, reduzir os níveis intestinais de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e perturbar o metabolismo de esteroides, lipídios, carnitina e do ácido biliar.
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Adicionalmente, o consumo crônico de álcool pode aumentar a permeabilidade intestinal e translocação de componentes bacterianos, e, assim, promover inflamação local e sistêmica. Esta barreira intestinal enfraquecida, associada à desregulação do metabolismo dos corpos cetônicos, em especial redução de β-hidroxibutirato (corpo cetônico produzido pelo fígado que atua como fonte de energia para os neurônios), pode impactar a interação da microbiota intestinal com o cérebro. Isso poderia explicar as dificuldades de sociabilidade associadas ao alcoolismo (ansiedade, impulsos alcoólicos, sociabilidade prejudicada, dentre outros). Esta relação do eixo microbiota-intestino-cérebro é bem evidente em estudos com alcoólistas, em que níveis baixos de β-hidroxibutirato no plasma foram associados a níveis mais elevados de ansiedade social, depressão e desejo por álcool.
Diante de todas as alterações é possível corrigir esses desequilíbrios e ter uma boa saúde intestinal?
A resposta é sim! A partir do sequenciamento genético de microbiota intestinal é possível conhecer todos os desequilíbrios da microbiota de modo a buscar restaurar grupos bacterianos benéficos e, indiretamente, impactar no metabolismo de corpos cetônicos, modular o eixo intestino-cérebro e atuar, de modo adjuvante, no tratamento de problemas de sociabilidade.
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Referências:
Gu M, Samuelson DR, Taylor CM, Molina PE, Luo M, Siggins RW, Shellito JE, Welsh DA. A disbiose intestinal associada ao álcool altera o fenótipo e a função das células T invariantes associadas à mucosa. Alcohol Clin Exp Res. 2021 11 de março. D
Leclercq S, Le Roy T., Furgiuele S et al. As alterações induzidas pela microbiota intestinal no metabolismo do β-hidroxibutirato estão vinculadas a alterações de sociabilidade e depressão no transtorno por uso de álcool. Cell Rep. 2020, 13 de outubro; 33 (2): 108238.
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