O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença complexa e frequentemente encontrada na população. No mundo, mais de 380 milhões de pessoas apresentam DM2 e espera-se que, esse número aumente para mais de 550 milhões em 2030. A microbiota intestinal (MI) é representada por cerca de 1.500 espécies bacterianas diferentes e o desequilíbrio dessa comunidade microbiana (disbiose) tem sido implicado com diversas doenças, incluindo o DM2.
O DM2 é uma doença metabólica caracterizada pelo mau funcionamento das células beta pancreáticas e resistência periférica à insulina, que evoluem para defeitos no metabolismo da glicose e inflamação crônica de baixo grau. A MI em disbiose ativa os processos de inflamação de baixo grau e a resistência à insulina através da maior atividade do lipopolissacarídeo (LPS), um componente presente na parede celular das bactérias gram-negativas, que confere características patogênicas. Fragmentos bacterianos e LPS estimulam a resposta imune e ativam a secreção de mediadores inflamatórios que pioram a quadro clínico do DM2.
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Pessoas portadoras de DM2 apresentam alterações na composição da MI em relação a indivíduos saudáveis, predominando menor diversidade e riqueza bacterianas. Mais especificamente, diminui o percentual de bactérias benéficas produtoras de butirato, como as da classe Clostridia e o gênero Faecalibacterium. Ao considerar que o DM2 é uma doença inflamatória, não seria surpreendente observar aumento do percentual de bactérias pró-inflamatórias e diminuição de bactérias anti-inflamatórias. O elegante estudo de Taraprasad e colaboradores publicado em 2021, reforça essa ideia, ao observar em pacientes com DM2 redução de gêneros bacterianos anti-inflamatórias (Roseburia, Lachnospira, Coprococcus, Phascolarctobacterium, Blautia e Anaerostipes) e o aumento de gêneros bacterianos inflamatórios (Escherichia, Enterobacter, Methanobrevibacter e Treponema) em comparação com a MI de pacientes saudáveis.
Além disso, interações entre o conteúdo urinário, que inclui bactérias e seus produtos, também podem exercer alguma influência no desenvolvimento de câncer de próstata. O material secretado pela próstata aparece na urina e o refluxo da urina para a próstata apoia a existência de uma alça próstata-urina. Bactérias estão presentes no trato urogenital e no tecido da próstata, e as bactérias isoladas da próstata podem causar inflamação. Microrganismos presentes no tecido da próstata diferem entre os pacientes com diferentes estágios de desenvolvimento de câncer e existem associações entre a presença de câncer de próstata e perfis microbianos distintos da urina e do trato gastrointestinal.
Além disso, a MI também está associada a nefropatia diabética uma complicação renal importante do DM2. Pacientes em estágios avançados dessa complicação possuem maior percentual do gênero bacteriano Haemophilus em comparação com pacientes em estágios iniciais, sugerindo que a MI possa estar envolvida na progressão da nefropatia diabética.
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