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Papel da microbiota e seus produtos na doença de Parkinson

Parkinson é uma doença neurodegenerativa que leva a tremores, lentidão de movimentos voluntários, rigidez muscular e instabilidade postural. Os mecanismos, ainda não totalmente compreendidos, incluem alterações na homeostase do cálcio, estresse do retículo endoplasmático, comprometimento funcional mitocondrial, estresse oxidativo, excitotoxicidade e neuroinflamação.

Parkinson também se associa com disfunções gastrointestinais, que incluem perda de peso, salivação, constipação, náuseas, vômitos, gastroparesia, hipersalivação, disfagia, retardo do esvaziamento gástrico e anormalidades motoras faringoesofágicas. Recentemente, alteração da microbiota intestinal (MI) foi considerada potencial contribuinte para o mecanismo subjacente e transplante de microbiota fecal e uso de probióticos e prebióticos podem têm efeito neuroprotetor na doença de Parkinson.


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MI compreende coleção diversificada de microrganismos bactérias, arquéias, fungos e vírus, que, sob condições adequadas, abriga um enorme pool de genes capazes de se adaptar às condições entéricas e beneficiar o hospedeiro. Encontram-se entre os benefícios da MI a participação em reações imunológicas, degradação de fibras alimentares, produção de vitaminas, regulação do metabolismo e modulação da função neurológica. Assim, distúrbios da MI, em termos de diversidade e abundância, podem contribuir para o aparecimento de muitas doenças, e entre elas as neurológicas. Discrepâncias notáveis foram observadas na MI, principalmente nos filos Firmicutes e Bacteroidetes e gêneros Prevotellaceae e Prevotella, bem como Lactobacillaceae e Lactobacillus que apresentam diferenças importantes quando comparados com grupos controle.

Correlações relevantes foram observadas entre alterações da MI e características clínicas da doença de Parkinson, que incluem gravidade e duração da doença, sintomas motores e não motores, e tipo de medicação. A duração da enfermidade tem sido associada de forma consistente com a composição da MI e as bactérias Escherichia/Shigella, Lachnospiraceae e Clostridium coccoides foram negativamente associadas a duração da doença.

Produtos do metabolismo microbiano (metabólitos) também formam elo importante entre MI e hospedeiro. Na doença de Parkinson, observa-se diminuição de bactérias produtoras de sulfeto de hidrogênio (H2S) e hidrogênio molecular (H2), substâncias com propriedades antioxidantes, anti-apoptóticas anti-inflamatórias e de sinalização. Produzido por bactérias do gênero Prevotella, o H2S pode atuar como neurotransmissor gasoso e neuroprotetor, com efeito sobre os neurônios dopaminérgicos e prevenir a neurodegeneração induzida por neurotoxinas.

O tratamento da doença de Parkinson é medicamentoso, mas o uso de probióticos, prebióticos e a combinação desses agentes (simbióticos) também parece trazer benefícios. Evidências sugerem que probióticos são benéficos para o cérebro, produzindo efeitos positivos sobre estados de ansiedade e depressão, por meio do eixo intestino-cérebro. Particularmente, o uso de Clostridium butyricum pode atuar restaurando a barreira intestinal, enquanto Lactobacillus rhamnosus, Bifidobacterium lactis e Lactobacillus acidophilus podem melhorar a função de neurônios dopaminérgicos expostos a neurotoxicidade. Os prebióticos inulina, dextrana, frutooligossacarídeos (FOS) e galactooligossacarídeos (GOS), podem favorecer a função imunológica, constipação e evacuação, melhorando a inflamação e a disfunção gastrintestinal, condições comuns na doença de Parkinson.

Tomados em conjunto, os achados atuais oferecem evidências sobre a complexa relação entre alterações da microbiota na doença de Parkinson. Para conhecer mais sobre a sua microbiota e prevenir desequilíbrios e eventos neurodegenerativos, o exame de sequenciamento genético da microbiota intestinal pode ajudar.

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Referências:

Zheng S-Y, Li H-X, Xu R-C, et al. Potential roles of gut microbiota and microbial metabolites in Parkinson’s disease. Ageing Res Rev. 2021;69:101347. doi:10.1016/j.arr.2021.101347


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