O açúcar está presente em vários alimentos e de diversas formas, o que favorece seu consumo exagerado. Contudo, perceber esses exageros pode ser difícil, seja por falta de entendimento do consumidor e/ou pela forma oculta na qual a apresentação do açúcar ocorre em diversos alimentos.
Isso significa que nosso corpo pode estar todos os dias exposto ao consumo exagerado de açúcar, mesmo que isso ocorra de maneira inconsciente.
E como a microbiota responde a isso? A dieta rica em açúcar acarreta prejuízos mediados em parte pela microbiota intestinal. A composição, funcionalidade e produtos metabólicos finais da microbiota intestinal respondem às mudanças dietéticas. Por exemplo, a alta ingestão de açúcares aumenta a abundância relativa de Proteobacteria no intestino, ao mesmo tempo que diminui a abundância de Bacteroidetes.
Assim, a alta ingestão de açúcar pode alterar o equilíbrio da microbiota, aumentar suas propriedades pró-inflamatórias e diminuir sua capacidade de regular a integridade epitelial e a imunidade da mucosa. Consequentemente, o alto teor de açúcar na dieta pode, por meio da modulação da microbiota intestinal, promover endotoxemia metabólica, inflamação sistêmica de baixo grau e o desenvolvimento de desregulação metabólica.
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Adoçantes artificiais não calóricos também podem levar a efeitos deletérios na microbiota intestinal. Ao passarem pelo trato gastrintestinal humano sem serem digeridos, a maioria dos adoçantes artificiais não calóricos influencia diretamente a microbiota intestinal. Uma parte desses adoçantes pode ser digerida total ou parcialmente, sendo absorvida e posteriormente excretada pela urina, mas também exerce efeitos consideráveis. A sucralose pode aumentar a resistência antimicrobiana de Escherichia coli e induzir fortes efeitos bacteriostáticos nas espécies de Streptococcus, particularmente devido sua capacidade de impedir a absorção de sacarose na maioria dos microrganismos.
Adoçantes também podem inibir seletivamente ou aumentar o crescimento de algumas bactérias, alterando assim o equilíbrio da microbiota intestinal, além de impactar a quebra de polissacarídeos e sua atuação em processos que facilitam a absorção de nutrientes. Alterações específicas induzidas por adoçantes incluem aumento da abundância relativa de Bacteroides fragilis, Weissella cibaria e Clostridiales, bem como a diminuição de Candidatus arthromitus.
Nesse sentido, pode-se dizer que o consumo crônico de dietas com alto teor de açúcares declarados ou ocultos, bem como o uso indiscriminado de adoçantes pode levar a muitos efeitos deletérios à saúde, além de impactar a composição e a funcionalidade da microbiota intestinal.
Para corrigir deficiências específicas, se fazem necessários estudos direcionados para entender a composição da microbiota intestinal. Saiba mais em: www.bioma4me.com.br
Referências:
Satokari R. High Intake of Sugar and the Balance between Pro- and Anti-Inflammatory Gut Bacteria. Nutrients. 2020 May 8;12(5):1348.
Adekunle Sanyaolu, Chuku Okorie, Abu Fahad Abbasi, Aleksandra Marinkovic, Stephanie Prakash, Risha Patidar, Priyank Desai and Zaheeda Hosein. Effect of Artificial Sweeteners on the Gut Microbiome. SCIOL Biomed 2021;4:179-183.
Basson AR, Rodriguez-Palacios A, Cominelli F. Artificial Sweeteners: History and New Concepts on Inflammation. Front Nutr. 2021 Sep 24;8:746247.
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