Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença multifatorial, que inclui em sua patogênese fatores genéticos, ambientais, hormonais, hemodinâmicos e inflamatórios. No último estudo, de associação do genoma humano com HAS, foram identificados 901 loci, mas isso explicou apenas 5,7% da variabilidade da pressão arterial (PA) em indivíduos geneticamente suscetíveis. Novas evidências sugerem que o microbioma intestinal (MI) desempenha papel importante no desenvolvimento e fisiopatogênese da HAS.
O trato gastrointestinal (TGI), que abriga o maior compartimento de células imunológicas do corpo, representa o encontro entre o meio externo, células imunes e bactérias da MI. Assim, determinados modos de estilo de vida podem moldam e são modulados pelo MI e influenciar o risco de doença hipertensiva. Um exemplo bem estudado é o consumo de fibras alimentares, que leva à produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e pode contribuir para a expansão de células do sistema imunológico anti-inflamatório, e exercer ação protetora contra a hipertensão.
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Graças ao sequenciamento genético de última geração da MI dispomos de sólidas evidências da relação, em humanos, entre hipertensão arterial sistêmica e MI.
Por exemplo, diversidade microbiana intestinal reduzida pode refletir o perfil de pacientes hipertensos (o mesmo foi também observado em outras doenças crônicas).
Existe associação, a ser confirmada, entre a maior abundância de bactérias Gram-negativas e HAS, incluindo Klebsiella, Parabacteroides, Desulfovibrio e Prevotella.
O desequilíbrio da MI em HAS foi avaliado em relação ao consumo de sal, fator de risco comprovadamente associado com a elevação da pressão arterial.
Estudos experimentais e humanos, indicaram que o consumo excessivo de sal reduz a concentração intestinal de Lactobacillus spp., bactéria conhecidamente benéfica.
Além disso, a suplementação de Lactobacillus inibiu células Th17 e melhorou a hipertensão sensível ao sal ao restaurar os níveis de ácido láctico de origem do metabolismo microbiano.
Por fim, revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados que investigou o papel de probióticos em HAS, reiterou que o uso de probióticos com Lactobacillus são eficazes, quando usados por pelo menos 8 semanas.
Neste sentido, conhecer a microbiota intestinal através de metodologia de sequenciamento genético bacteriano pode identificar alterações associadas a HAS e auxiliar
na escolha personalizada de condutas dietéticas e suplementação probiótica.
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Referências:
• Avery EG, Bartolomaeus H, Maifeld A, Marko L, Wiig H, Wilck N, Rosshart SP, Forslund SK, Müller DN.
The Gut Microbiome in Hypertension: Recent Advances and Future Perspectives. Circ Res. 2021 Apr 2;128(7):934-950.
• Calderón-Pérez L, Llauradó E, Companys J, Pla-Pagà L, Pedret A, Rubió L, Gosalbes MJ, Yuste S, Solà R, Valls RM. Interplay between dietary phenolic compound
intake and the human gut microbiome in hypertension: A cross-sectional study. Food Chem. 2021 May 15;344:128567.
• Qi D, Nie XL, Zhang JJ. The effect of probiotics supplementation on blood pressure: a systemic review and meta-analysis. Lipids Health Dis. 2020;19(1):79.
Published 2020 Apr 25. doi:10.1186/s12944-020-01259-x
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