Microbiota cervicovaginal: um marcador de infecção persistente de HPV?

Um estudo recente mostrou que algumas bactérias estão associadas à infecção persistente por Papiloma vírus humano (HPV) e que a interação patógeno-hospedeiro no microambiente cervicovaginal inclui fatores imunossupressores.

A infecção persistente com HPV de alto risco é uma das principais causas de alterações celulares associadas ao câncer cervical. Nos últimos anos, vários estudos sugeriram que alterações da microbiota cervicovaginal podem estar intimamente relacionadas à infecção persistente por HPV, comprometimento da imunidade local e neoplasia intraepitelial cervical.


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Um novo estudo analisou a genotipagem do HPV e da microbiota cervicovaginal de 15 mulheres pelo sequenciamento do gene 16S rRNA. Seis mulheres apresentaram infecção persistente (> 12 meses), quatro apresentaram infecção transitória (curada em < 12 meses) e cinco foram HPV-negativas. Os três grupos apresentaram diferenças significativas na composição da microbiota cervicovaginal. Nas mulheres saudáveis e com infecção transitória, o gênero Lactobacillus foi predominante e nas mulheres com infecção persistente por HPV a microbiota cervicovaginal teve maior diversidade. Os gêneros Acinetobacter, Prevotella e Pseudomonas se correlacionaram com infecção persistente e Lactobacillus iners com infecção transitória. Isto indica que essas bactérias podem servir como biomarcadores e apontar a presença e o tipo de infecção.

Mulheres com infecção persistente por HPV apresentaram maiores concentrações de marcadores inflamatórios (IL-6 e TNF-α) nas secreções cervicais, que podem criar um microambiente inflamatório, que pode levar ao acúmulo de células imunossupressoras e desenvolvimento de câncer.

Os resultados deste estudo sugerem que alterações na microbiota cervicovaginal podem estar associadas com infecção persistente por HPV. Nesse sentido, a identificação de uma assinatura microbiana específica associada a infecção persistente por HPV poderá permitir diagnóstico e intervenção precoce para erradicar a infecção por HPV e reduzir a probabilidade de desenvolvimento de lesões cervicais malignas.

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Referências:

 

Qingqing B, Jie Z, Songben Q et al. Cervicovaginal microbiota dysbiosis correlates with HPV persistent infection. Microb Pathog. 2020 Nov 15:104617. doi: 10.1016/j.micpath.2020.104617.

 


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