Microbiota intestinal e depressão na terceira idade Nossas bactérias ajudam a prever a ação de medicamentos?

O envelhecimento é caracterizado por declínio progressivo de todas as funções biológicas do organismo incluindo as do sistema nervoso central.   Pode ocorrer declínio cognitivo associado à idade, e frequentemente demência e depressão (5% a 25%).

Em idosos, os sintomas depressivos são raramente tratados pois coincidem com outras doenças múltiplas associadas a maior idade.


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Idosos em tratamento de depressão tem taxas de remissão reduzidas e taxas de recaída aumentadas quando comparados a adultos jovens.

Novas estratégias de tratamento individualizadas, incluem   a busca de potenciais biomarcadores para prever e/ou otimizar a resposta antidepressiva por meio de abordagens ômicas como: farmacogenômica, microbioma, proteômica, metabolômica e de neuroimagem e neurofisiologia.

A participação da MI na patogênese da lesão hepática é cada vez mais estudada, mas lacunas no conhecimento ainda persistem. Estudos experimentais e clínicos, sugerem disfunções no eixo intestino-fígado associada com a DHGNA. Isto porque, fígado e intestino estão interconectados pela veia porta e cerca de 75% do suprimento de sangue do fígado vem da vascularização intestinal. Consequentemente, o fígado está constantemente exposto a nutrientes, toxinas, antígenos alimentares à MI e seus produtos.

Nas últimas duas décadas, a microbiota intestinal (MI) adquiriu grande importância para a saúde humana. MI participa no funcionamento neuropsiquiátrico ao compor o eixo intestino-cérebro (EIC). Pesquisadores do Instituto de Neurociências da Universidade da Califórnia observaram que a MI parece identificar a resposta ao tratamento da depressão geriátrica e a sua possível remissão. Esta suposição foi apoiada por ensaio aleatório controlado (12 semanas com Levomilnaciprano (LVM) vs. placebo), realizado com idosos com distúrbio depressivo maior.

Antes do tratamento com LVM não houve diferença entre pacientes que atingiram remissão ou não remissão da depressão em relação à diversidade [índice de Shannon (p = 0,33)] e riqueza [índice Chao1 (p = 0,66)] da MI, mas a análise basal de gêneros foi capaz de prever a remissão da depressão nos idosos.

Nove gêneros bacterianos permitiram prever a remissão, e o aumento de Faecalibacterium, e a redução Agathobacter e Roseburia foram os gêneros mais fortemente relacionados ao triunfo sobre a depressão.

Os autores observaram também que a MI modificou -se durante o processo de superação da depressão, somente nos pacientes que atingiram remissão da doença. O aumento da presença de Flavonifractor e DTU089, sem efeitos antidepressivos conhecidos, pode demonstrar o fim do estado depressivo, fato aparentemente ligado a alimentação melhorada, aumento da atividade física, recuperação do sono e menos estresse.

Este estudo mostra que MI exerce papel na previsão da resposta ao tratamento da depressão geriátrica. Estes resultados são encorajadores e podem abrir caminho para uma medicina personalizada, mas ainda necessita de confirmação por estudos prospetivos de maior robustez. Os pesquisadores ressaltam que a partir de novas confirmações será possível eleger o antidepressivo mais adequado de acordo com a microbiota individual e a eficácia por ela prevista, ou até mesmo auxiliar no tratamento da depressão mediante o reforço de determinados gêneros benéficos.

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Referências:

  • Lee SM, Dong TS, Krause-Sorio B, et al. The intestinal microbiota as a predictor for antidepressant treatment outcome in geriatric depression: a prospective pilot study. Int Psychogeriatr. 2021 Mar 24:1-13. doi: 10.1017/S1041610221000120.
  • Chong-Su Kim, Lina Cha, Minju Sim, Sungwoong Jung, etal. Probiotic Supplementation Improves Cognitive Function and Mood with Changes in Gut Microbiota in Community-Dwelling Older Adults: A Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled, Multicenter Trial. The Journals of Gerontology: 2021; 76(1): 32–40, https://doi.org/10.1093/gerona/glaa090
  • Klimova B, Novotny M, Valis M. The Impact of Nutrition and Intestinal Microbiome on Elderly Depression-A Systematic Review. Nutrients. 2020;12(3):710. Published 2020 Mar 7. doi:10.3390/nu12030710

 


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