Bactérias benéficas no intestino – Quanto mais melhor?

O microbioma humano é o conjunto de trilhões de microrganismos que habitam o corpo humano. Acomodado principalmente no intestino humano e composta predominantemente por bactérias, essa população é denominada de microbiota intestinal. Habitantes do nosso intestino, as bactérias da microbiota intestinal se desenvolvem conosco desde o nascimento até a vida adulta onde tendem a manter uma estrutura mais estável.

A microbiota intestinal equilibrada é essencial para a saúde humana, e está envolvida na digestão e absorção de nutrientes, na síntese de vitaminas, produção de substâncias ativas (metabólitos) e na maturação e regulação do sistema imunológico.

Acredita-se que mais de 1000 espécies de bactérias, entre permanentes e transitórias, podem se distribuir para compor uma microbiota intestinal “saudável”. Essas bactérias podem ser divididas em três principais categorias:

1. Comensais (neutras)
2. Patobiontes (prejudiciais)
3. Simbiontes (benéficas)


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Quando em quantidades adequadas as bactérias mantem o equilíbrio microbiano, chamado de eubiose. Quando alguma destas bactérias cresce de maneira descontrolada e atinge altos percentuais ocorre o desequilíbrio, denominado disbiose.

Até mesmo o aumento exagerado de bactérias simbiontes pode causar alguns efeitos negativos no organismo! Por exemplo, a bactéria Faecalibacterium prausnitzii, conhecida por seus efeitos anti-inflamatórios, quando encontrada em percentuais muito elevados (acima de 12%), pode estar associada ao desconforto abdominal e ocorrência de intolerâncias alimentares.

Quando falamos das bactérias que habitam nosso intestino, podemos perceber que o ditado “quanto mais melhor” não se aplica neste caso.

Mas afinal, como é possível saber se as bactérias que compõe a minha microbiota intestinal estão em equilíbrio?

O monitoramento da microbiota intestinal pode ser realizado através do sequenciamento de DNA a partir de amostra de fezes. A aplicação deste teste, permite identificar e mapear o percentual das bactérias que compõe a microbiota intestinal e verificar a presença e o tipo de disbiose que está ocorrendo.

Com os resultados do sequenciamento de microbiota intestinal, é possível estabelecer condutas individualizadas para cada perfil de bactéria, favorecendo uma modulação intestinal mais precisa e assertiva.

 

Referências:

• Pudlo NA, Urs K, Kumar SS, German JB, Mills DA, Martens EC. Symbiotic Human Gut Bacteria with Variable Metabolic Priorities for Host Mucosal Glycans. mBio Nov 2015, 6 (6) e01282-15; DOI: 10.1128/mBio.01282-15

• Donaldson GP, Lee SM, Mazmanian SK. Gut biogeography of the bacterial microbiota. Nat Rev Microbiol. 2016;14(1):20‐32. doi:10.1038/nrmicro3552

• Pickard JM, Zeng MY, Caruso R, Núñez G. Gut microbiota: Role in pathogen colonization, immune responses, and inflammatory disease. Immunol Rev. 2017;279(1):70‐89. doi:10.1111/imr.12567

• Katarzyna B. Hooks, Maureen A. O’Malley. Dysbiosis and Its Discontents. mBio Oct 2017, 8 (5) e01492-17; DOI: 10.1128/mBio.01492-17


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